terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Resenha: Operação Big Hero



 Por Kássia Campos e Israel Guedes


Após o sucesso gigantesco de Frozen, a Walt Disney tinha o desafio de fazer um sucesso tão estrondoso quanto. Em menos de um ano, o que pareceu ser algo impossível, tornou-se palpável para os produtores de Operação Big Hero.

A parceria com a Marvel atraiu não só crianças que gostam de animação, como os fanáticos e admiradores de quadrinhos, dando assim um contraste interessante nas salas de cinema por todo mundo.

Baseada em uma HQ menos conhecida da Marvel, a história gira em torno de Hiro Hamada (Robson Kumode), um garoto gênio de 13 anos apaixonado por robótica que fabrica autômatos para participar de lutas clandestinas de robôs. Cabe a seu irmão mais velho Tadashi (Daniel Henney) tirá-lo das confusões. Conhecendo o grande potencial de Hiro, Tadashi leva-o até seu laboratório da universidade de tecnologia de São Fransóquio (mistura de São Francisco e Tóquio), e lá apresenta seus colegas: a veloz Go Go Tomago (Kéfera Buchmann), o fanático por organização Wasabi (Robson Nunes), a especialista em química Honey Lemon (Fiorella Mattheis) e o fã de quadrinhos Fred (Marcos Mion). É neste momento que conhecemos também Baymax, invenção de Tadashi, um robô-enfermeiro que reconhece problemas de saúde ou psicológicos e faz de tudo para curá-los.

Interessado na universidade, Hiro precisa fazer a apresentação de uma grande invenção para conseguir se matricular. Porém, uma tragédia acontece no dia da exposição de invenções. Ao descobrir que tudo fazia parte do plano de um vilão mascarado que estava atrás de sua invenção, Hiro se une ao carismático robô Baymax e aos amigos de seu irmão para dar um fim às intenções do malfeitor.


Mesmo com um enredo não tão inovador, tem um bom desenvolvimento, arrancando dos espectadores desde risadas até mesmo lágrimas, ao tratar de perdas e do valor da amizade, explorando a relação do protagonista Hiro Hamada e o robô Baymax, focando no desafio do garoto de amadurecer diante das adversidades que surgem em sua vida, agindo em muitos momentos como nós mesmos reagiríamos.

Baymax é uma atração à parte, esbanjando carisma e fofura (até além do limite, o que talvez incomode alguns), que, apesar de não possuir sentimentos, cativa por seu jeito doce e zeloso.

Infelizmente a cidade fictícia em que a história acontece é pouco explorada, pois havia muito potencial na mistura de culturas, que acaba abordada superficialmente. 

Outro aspecto pouco desenvolvido é a participação dos amigos de Hiro e Tadashi, que estão ali apenas como ferramentas da história para fazer o expectador rir (apesar de alguns exageros) e se empolgar com as boas cenas de ação, com animação e direção dignas de um filme Disney, trazendo ao público um bom entretenimento que, apesar de poder ter sido ainda mais do que foi, mostra que com uma boa motivação, instrumentos certos e bons amigos, podemos chegar longe.


Sendo assim, Operação Big Hero teve seus pontos positivos e negativos, mas que, reforçou sim, a nova identidade da Disney, que vem trazendo filmes com premissas diferenciadas, sem perder a qualidade de seus lançamentos.

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